Só podemos controlar aquilo que conhecemos e medimos. Só se conhecermos as nossas emoções as poderemos controlar. O autodomínio é, portanto, fruto da autoconsciência e é o que nos permite controlar as nossas emoções, conduzindo-as para ações positivas e construtivas, de acordo com os nossos objetivos. Isso não significa que as vamos anular, mas apenas que não vamos ficar à sua mercê. Se nos conhecermos a nós próprios, sendo donos das nossas emoções, poderemos tomar posse delas.
Muito bem, onde está então a dificuldade?
Desde crianças, somos pouco ensinados e treinados a olhar para dentro de nós próprios. E por isso conhecemo-nos mal. Não estamos habituados a escutar o nosso corpo e a nossa mente.
Desconhecemos o nosso verdadeiro potencial interior e também os nossos limites. É assim que tantas vezes adotamos comportamentos desajustados e que prejudicam o nosso bem-estar.
A autoconsciência permite-nos saber o que estamos a sentir e porquê. E de que forma isso ajuda ou prejudica os nossos comportamentos e ações, ou seja, o nosso desempenho. Ter uma noção precisa das nossas capacidades e limitações permite-nos ser realistas e olhar para as situações com maior clareza, o que nos garante tomar melhores decisões e ser mais assertivos ao estabelecer planos de ação.
Como desenvolver a autoconsciência ou autoconhecimento?
A autoconsciência exige um trabalho contínuo e, como em quase tudo na vida, quanto mais se pratica mais fácil se torna. Uma das melhores formas de treinar a autoconsciência é olhar para dentro do próprio corpo e sentir o que se passa no seu interior a cada momento, consoante cada emoção. Observar as mudanças nos batimentos cardíacos, na respiração, na tensão muscular. A autoconsciência emocional está relacionada com a consciência que se tem do próprio corpo, com a perceção dos sinais internos do corpo.
Vamos começar a praticar: dê atenção a si próprio, observe-se com plena atenção, sem expetativas e sem julgamentos! Vai descobrir muitas coisas novas sobre si!